quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tradições Seculares IV


obra em paint do microsofte, feita à pressão com destria no mouse em 5 minutos 
Tomei a liberdade de publicar mais um post antigo do extinto blogue "A Taberna dos Caloteiros" para desanuviar e pensar na bonita tradição que temos, o raminho atrás da orelha, que já não vejo há muito tempo e que me traz profunda nostalgia e comichão nas partes baixas.

Existe algo que me deixa intrigado, cada vez mais somos público da mais variada publicidade, novos produtos como perfumes, after shaves etc. São sinais dos tempos, até dos proprios metrosexuais já se impõem na sociedade moderna aos poucos. Poucas tradições aguentam, caso disso, é o belo do raminho atrás da orelha. Dantes via muito, e agora só no banco dos reformados, por isso ha que defender esta causa. Juntem-se no movimento para o raminho aromático.
Iniciem esta prática passada de geração em geração, porque não há nada como o aroma natural do poejinho quando viemos do cogumelo!!
Como?
Para quem anda mais desatento, isto tem as suas regras:
- O raminho têm até 15 centímetros, variando da planta em questão.
- O poejo, alecrim são muito cumuns, apesar de ja ter visto hortelã e erva cidreira.
- A orelha (por norma a ser usada) é a esquerda. A direita fica livre pró cigarrinho.
- Tomar nota a alergias variadas provocados por certo tipo de ramos.
- Atenção ao "encaixe" do ramo, tal não se pode soltar com o vento, cabeçadas etc.
- Há quem use alguns de reserva no bolso, caso o usado estar extremamente murcho.
- Não cair no ridículo de ter um ramo de 20 centímetros, isso é só para homens já batidos no assunto e com larga experiência nesta arte.
- não usar um raminho de cada lado, se chegar a casa a sua mulher pode pensar que vc já sabe que é cabrão, em casos específicos claro.
- Não substituir o agradavel aroma do raminho pelo belo do banho com sabão azul, a higiene acima de tudo!
- Não misturar o raminho com bebidas alcoolicas, existe o perigo de esgasgamento das vias respiratórias.
- Evitar a todo custo a mistura com after shave e bagaço que fica a escorrer nos cantos da boca, quanto muito um pouco de vinho para realçar as essencias do poejo e do alecrim.
- Não usar o raminho usado na confecção de alimentos, simplesmente porque é porco.


Que os nossos filhos e netos continuem esta tradição, não vamos deixar morrer esta arte milenar, vamos dar as mãos e trabalhar juntos em prol do raminho atrás da orelha!!!

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