quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dialética do Destino: A caixa de supermercado



Reparai que é sempre assim como se fosse matemático, estás numa fila de um supermercado e vês que a funcionária da caixa nunca mais se despacha, há um problema! As nozes não foram pesadas, olha que chatice! Ordem para a paragem imediata da fila que já tem quatro pessoas sem paciência nenhuma, observei o típico e usual procedimento destas funcionárias: Normalmente há qualquer coisa que falta sempre, aumenta o suspense entre os actores do acaso... uns olham para os outros com aquele ar de incrédulos idiotas, sorrateiramente olhamos para o que o outro comprou, instantes eternos. Entretanto a funcionária confusa (dá a sensação que é a primeiro dia que lá trabalha) chama a colega do lado que já lá está há mais tempo e percebe da coisa, parece que trabalha lá há três dias porque sabe tocar no aparelho com melhor destreza, aquele olhar não engana, ela sabe daquilo... mas ao abandonar a caixa dela, deixa automaticamente os desesperados clientes a suspirar pela hora de seguirem com as suas vidas, os demais levam caixas ao colo, enchidos e umas garrafas de sumo, mas que raios, esqueceram-se de levar carrinho, transpiram, suam naquela maldita "bicha", buff buff amaldiçoam as pobres que não se desenvencilham. Duas caixas paradas porque o código de barras de mais um queijo flamengo não passa no laser, noutra caixa o problema é a falta de trocos e a maquina parou, prontamente resolvido por uma funcionária mais velha que traz cinquenta chaves ao pescoço, deve ser a chefe.  "Tão não vês que tens que tocar no Énter! E depois no botão do dinheiro ou do Multibanco, já está, vês?? Resolvido! E lá vai ela com o chocalhar das chaves, chach charch em direcção a uma porta branca e desaparece, ficamos órfãos da sabedoria...
Habitualmente decido mudar de fila, mas sempre, mesmo sempre quando troco de caixa a demora ainda se prolonga mais, mas porque? No fim tudo fica resumido ao encontro casual de varias pessoas espontâneamente num determinado momento das suas vidas, foram conjugados por causa da porcaria das nozes que não foram pesadas, uma dialéctica do destino apesar de ser estúpida acontece porque acontece, e nunca deixa de acontecer, para variar, no supermercado.

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