terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Uma historia triste no aviário...



Era uma vez um galo, chamava-lhe o galo engravatado, era o galo chefe mas não mandava népia na capoeira, este galo adorava subir para cima do carrinho de mão e fazer V com as patinhas, casado com uma galinha já reformada (que mal ganhava para o milho) e que em tempos era tutora de pintos e pintainhos, mas isso já há muitos anos. O galo engravatado já antigamente tinha arruinado a capoeira e como distracção comprou uma sitio junto ao sol e por lá recebia seus netos, também consta que comprou palha muito cara e a vendeu barata aos frangos mais pobres, assim ficou rico! Na capoeira reinava a confusão, havia lá um galinho cinzento (era o que mandava) que não tinha galinha nem franga mas era vaidoso e gostava de dar nas vistas, ele é que dominava a capoeira, depois também havia mais um galo jeitoso de côr alaranjada que era primo do galinho cinzento, em tempos eram amigos e agora o galo vaidoso laranja queria tirar a todo custo o poleiro do galinho cinzento, mas só havia um.  Isto tudo andava mau porque o galinho cinzento vendia os ovos que as galinhas punham caríssimos, os frangos todos rotos não podiam pagar o milho e dormiam à chuva e ao sol,  faziam bicha para ir beber ao charco dos bacorinhos pois do bebedouro era cara, e alguns até perderam as penas de tanta lazeira! Isto contrastava com os galos gordos da ala direta da capoeira, cheios de milho no papo, cheios de ovos e penas lustrosas, cada vez estavam mais gorduxos e as suas galinhas andavam todas aperaltadas. Até que a capoeira ficou podre e cheia de buracos, chovia lá dentro e fazia frio, o galinho cinzento, o tal que mandava, pediu dinheiro aos galos chineses da outra capoeira que desenrascaram mais palha e milho, mas nada se resolveu. O galinho cinzento ficou no fim isolado, sozinho, triste, mas como o seu ego era maior que a capoeira, lá teve o dono que abrir a chapa de zinco em duas partes, tal era a vaidade do galinho, que com a sua maneira de mandar, arruinou o lar das galinhas, dos frangos e dos pintos, por muitos, muitos anos...

Moral da historia: Onde imperem a vaidade e o orgulho, todo o conhecimento fica deslustrado

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